Ração

Origem e História da Ração. Saiba como tudo começõu e proporcione o melhor para o seu Pet

A história da Ração para cães e gatos é uma jornada fascinante que atravessa séculos de evolução social, industrial e científica. Antes do surgimento de alimentos industrializados, os pets eram alimentados com restos de comida humana, ossos, miúdos e sobras caseiras, sem qualquer controle nutricional. A grande virada aconteceu no século XIX, quando o inglês James Spratt, observando cães de marinheiros se alimentando de biscoitos duros nos portos britânicos, teve a ideia de criar a primeira Ração comercial do mundo. Em 1860, ele lançou os “Dog Cakes”, nascendo assim a Spratt’s Patent Ltd., pioneira no segmento. 

A partir daí, a Ração se desenvolveu em várias etapas e avanços tecnológicos como a extrusão nos anos 1950, ganhou base científica a partir dos anos 1970 com rações terapêuticas e, mais recentemente, entrou na era natural e premium, com ingredientes sem transgênicos, orgânicos e funcionais. Hoje, a Ração é parte essencial do cuidado com pets, sendo formulada com precisão para atender às necessidades específicas de cães e gatos, promovendo saúde, longevidade e qualidade de vida. 

Entender essa trajetória é também compreender como a relação entre humanos e animais evoluiu, de utilitária para afetiva, e como a alimentação acompanhou essa transformação. 

A seguir, exploramos sua origem, evolução, funções tradicionais e sua ascensão no mundo moderno e traremos alguns exemplos mais utilizados hoje para Cães e Gatos. Descubra a ração ideal para o seu Pet       

Origem e história da Ração

James Spratt: O inglês autodidata que mudou a alimentação dos cães – A gênese da ideia da Ração 

No século XIX, a sociedade europeia passava por profundas transformações. A Revolução Industrial estava em pleno vapor, as cidades cresciam, e a relação com os animais começava a mudar. Foi nesse contexto que um homem visionário, James Spratt, um vendedor de relâmpagos para construção naval e inventor amador, teve uma ideia inédita de que mudaria o mundo animal, criar uma Ração comercial para cães. 

Spratt não era nutricionista nem cientista, mas um observador atento. Ao desembarcar em portos britânicos, notou que os cães dos estivadores e marinheiros comiam restos de “hard tack”, um biscoito duro feito de farinha, água e sal, alimento básico de tripulantes em longas jornadas marítimas. Ele percebeu que esses cães tinham saúde relativamente boa, mesmo comendo algo simples e não perecível. 

A ideia de Spratt foi revolucionária para sua época: padronizar a alimentação dos cães, oferecendo um produto industrializado, nutritivo e prático, em contraste com a alimentação caseira instável baseada em sobras. Até então, cães eram alimentados com ossos, miúdos, mingau, pães duros, restos de peixe e carne, uma dieta completamente aleatória e sem balanceamento. 

 

1860: O surgimento da primeira Ração industrial do mundo e o nascimento da Spratt’s Patent Ltd. 

Em 1860, Spratt fundou oficialmente a Spratt’s Patent Meat Fibrine Dog Cakes Ltd., na cidade de Londres. Foi o primeiro empreendimento registrado de alimento industrializado específico para cães. Seu produto, chamado “Dog Cakes”, era uma mistura de: 

  • Farinha de trigo 
  • Vegetais secos 
  • Beterraba 
  • Fibrina de carne bovina 

 

Os biscoitos tinham textura firme, eram fáceis de armazenar, não estragavam com facilidade e, mais importante, eram vendidos como alimentos científicos e balanceados, um conceito praticamente inexistente até então. 

Spratt usava uma estratégia de marketing engenhosa: vendia seus “Dog Cakes” como uma alimentação superior às sobras humanas, promovendo seus benefícios à saúde canina. Anúncios em jornais e revistas da época destacavam os produtos como “indispensáveis para cães de caça, corrida e companhia”. 

Além disso, Spratt registrou patentes não apenas do alimento, mas de processos de fabricação e embalagem. Esse pioneirismo colocou a Ração no mapa como uma nova indústria emergente. 

 

A expansão transatlântica 

Em 1870, a Spratt expandiu-se para os Estados Unidos, com sede em Nova York, e logo se tornou um nome de prestígio entre os criadores de cães, donos de canis e clubes de caça americanos. Lá, o mercado era ainda mais promissor, com maior população urbana e poder aquisitivo crescente. 

Nos EUA, a Spratt usou campanhas mais agressivas, patrocinando exposições caninas, eventos e até manuais de criação de cães que recomendavam suas “Dog Cakes”. Eles ajudaram a consolidar a ideia de que cães deveriam ter uma alimentação própria, distinta da dos humanos. 

Esse movimento ajudou a formar a cultura do pet como membro da família, algo que se intensificaria no século XX. Nascia, assim, a indústria da Ração pet moderna. 

 

Gatos no esquecimento 

Enquanto os cães ganhavam destaque com produtos como os de Spratt, os gatos ainda eram vistos como caçadores domésticos, úteis no controle de roedores. Eram mais comuns em áreas rurais, celeiros e armazéns. Seu status como animal de estimação demorou muito mais a se consolidar, especialmente no Ocidente, onde séculos de superstição ainda os associavam a misticismo e azar. 

Só nas décadas de 1930 e 1940, com o aumento da urbanização e mudanças nos lares americanos, os gatos começaram a ser vistos como pets domésticos, exigindo alimentação adequada. Até então, eram alimentados com leite, peixe cozido ou restos. 

A primeira Ração para gatos nos moldes comerciais surgiu apenas na década de 1950, com o lançamento da Friskies, da Nestlé Purina, e mesmo assim, com pouca variedade. A evolução da Ração felina foi mais lenta, mas acelerou com o avanço dos estudos sobre nutrição específica para carnívoros estritos, como os gatos. 

 

A revolução da extrusão: Como a tecnologia dos cereais infantis mudou a Ração para sempre 

Após a Segunda Guerra Mundial, novas tecnologias surgiram, inclusive no setor alimentício. A mais importante para o mercado pet foi a extrusão, inicialmente usada para produzir cereais matinais como o Corn Flakes. 

A extrusora permitia que ingredientes crus fossem: 

  • Misturados e cozidos sob alta pressão e temperatura 
  • Moldados em diferentes formas 
  • Secados e resfriados de forma uniforme 
  • Produzidos em larga escala 

 

Nos anos 1950, a Purina aplicou a extrusão à produção de Rações secas com o lançamento da Dog Chow, criando os primeiros croquetes secos (kibbles), com maior durabilidade, crocância e facilidade de estocagem. 

Essa tecnologia revolucionou o mercado: 

  • Reduziu os custos de produção 
  • Facilitou o transporte e distribuição global 
  • Tornou a Ração mais acessível para todos os públicos 

 

A era da ciência e da nutrição funcional: A transformação da Ração em alimento terapêutico 

A partir dos anos 1970, cientistas veterinários começaram a estudar profundamente a nutrição animal. Grandes universidades como a University of Illinois, Cornell e Kansas State University lideraram pesquisas sobre: 

  • Exigências nutricionais por espécie e porte 
  • Digestibilidade dos ingredientes 
  • Doenças relacionadas à má alimentação 
  • Necessidades específicas por idade e condição de saúde 

 

Esse avanço possibilitou o surgimento das chamadas Rações terapêuticas, desenvolvidas para: 

  • Doenças renais 
  • Problemas gastrointestinais 
  • Obesidade 
  • Alergias alimentares 
  • Diabetes 

 

Marcas como Hill’s Science Diet, Royal Canin e Eukanuba passaram a dominar esse nicho, elevando a Ração ao patamar de alimento funcional e clínico. 

 

O século XXI 

Nos anos 2000 e 2010, a preocupação com saúde, meio ambiente e origem dos alimentos se estendeu aos pets. Consumidores passaram a exigir Rações: 

  • Sem transgênicos 
  • Sem corantes ou conservantes químicos 
  • Com proteínas de qualidade “human-grade” 
  • Com inclusão de frutas, ervas e prebióticos 

 

Isso levou ao surgimento de marcas premium e super premium, como: 

  • Biofresh 
  • N&D (Natural & Delicious) 
  • Farmina 
  • Guabi Natural 
  • Acana e Orijen 

 

Essas Rações prezam pela transparência dos ingredientes, priorizam carnes frescas, carboidratos complexos e evitam subprodutos industriais. Também ganham força as dietas naturais e cruas (raw food), muitas vezes desenvolvidas por nutricionistas especializados. 

 

A indústria global de Ração 

Hoje, a indústria da Ração é uma das maiores do setor pet, movimentando: 

  • Mais de US$ 130 bilhões por ano (dados 2024) 
  • Com crescimento médio de 5% ao ano 
  • Presente em mais de 150 países 
  • Regulamentada por órgãos como AAFCO, FEDIAF, MAPA e FDA 

 

É um mercado altamente competitivo e inovador, com foco em longevidade, saúde, bem-estar e sustentabilidade. Marcas buscam constante inovação, incluindo inteligência artificial, rastreabilidade de ingredientes e formulação personalizada por algoritmos. 

A invenção da Ração foi fruto da observação, do empreendedorismo e da visão de um homem comum, James Spratt, que viu oportunidade onde ninguém mais enxergava. Sua ideia desencadeou uma revolução que hoje alimenta milhões de cães e gatos em todo o mundo. 

A Ração evoluiu de simples biscoitos secos para alimento de alta performance, terapêutico e nutricionalmente completo. Seu impacto é imenso: ela salvou vidas, aumentou a longevidade dos pets, facilitou o cuidado diário e aproximou humanos e animais como nunca. 

 

Tudo sobre Ração Com & Sem Transgênicos

Tudo sobre a Ração ideal para o seu Pet

Ração sem Transgênico

A busca por uma alimentação mais natural, saudável e segura para cães e gatos fez crescer a demanda por Ração sem transgênico. Esse tipo de alimento se diferencia por evitar ingredientes geneticamente modificados, apostando em uma formulação mais próxima da natureza. Mas afinal, por que a Ração sem transgênico foi criada? Quais os reais benefícios e possíveis riscos? Como é feita sua produção e quais insumos ela utiliza? A seguir, você encontra todas essas respostas com riqueza de detalhes. 

Por que a Ração sem transgênico foi criada? 

A Ração sem transgênico surgiu como um reflexo direto das preocupações crescentes com os efeitos de ingredientes geneticamente modificados (OGMs – Organismos Geneticamente Modificados) na saúde de animais de estimação. A partir dos anos 2000, estudos começaram a apontar possíveis correlações entre OGMs e distúrbios metabólicos, hormonais, imunológicos e reprodutivos. Além disso, organizações internacionais e movimentos naturalistas levantaram o alerta sobre os altos níveis de resíduos de agrotóxicos, como o glifosato, presentes nas plantações transgênicas. 

Como resposta à crescente preocupação dos tutores com a qualidade dos alimentos oferecidos aos seus pets. Muitos estudos vêm levantando questionamentos sobre os efeitos a longo prazo do consumo de transgênicos, tanto em humanos quanto em animais. Além disso, os produtos transgênicos estão frequentemente associados ao uso intensivo de agrotóxicos, como o glifosato, que tem potencial tóxico e pode deixar resíduos nos alimentos. 

Portanto, a proposta da Ração sem transgênico é oferecer uma opção mais pura, segura e alinhada a uma filosofia de alimentação natural e consciente. Isso também acompanha uma tendência de mercado em que os animais são considerados membros da família e merecem uma nutrição tão cuidadosa quanto a dos próprios humanos. 

 

Benefícios comprovados da Ração sem transgênico 

A alimentação sem ingredientes transgênicos traz diversos impactos positivos para a saúde animal: 

  • Digestibilidade superior: Ingredientes não modificados geneticamente apresentam estruturas naturais que facilitam o trabalho enzimático e melhoram a absorção intestinal. 
  • Redução de alergias alimentares: Pets com intolerância a milho, soja e trigo (comuns em OGMs) tendem a apresentar menos reações inflamatórias. 
  • Menor risco de toxicidade acumulada: Ingredientes livres de transgênicos têm menor carga de resíduos químicos agrícolas, o que reduz a intoxicação hepática e renal a longo prazo. 
  • Melhoria na pelagem e pele: Com menos aditivos artificiais, a pele tende a ficar menos oleosa e a pelagem mais brilhante e resistente. 
  • Apoio ao sistema imunológico: Com um perfil nutricional mais “limpo”, o organismo animal não precisa combater moléculas estranhas com tanta frequência, mantendo o sistema imune equilibrado. 

 

Malefícios e limitações da Ração sem transgênico 

Apesar de seus benefícios, a Ração sem transgênico também possui alguns pontos que merecem atenção: 

  • Preço mais elevado: Devido ao alto custo de produção e ao controle de qualidade rigoroso, seu valor pode ser até 30% superior à média de rações comerciais. 
  • Menor oferta no mercado: Ainda são poucas as marcas com compromisso real com ingredientes 100% livres de transgênicos, dificultando o acesso em algumas regiões. 
  • Rotulagem enganosa: Termos como “natural” ou “premium” não garantem ausência de OGMs. O tutor precisa buscar selos como “Non-GMO”, “Orgânico” ou verificar a procedência dos ingredientes. 
  • Desconfiança comercial: Algumas empresas usam o rótulo “sem transgênico” como apelo de marketing, mas não seguem protocolos de rastreabilidade e segregação na cadeia produtiva. 

 

Processo de fabricação da Ração sem transgênico 

Produzir uma Ração sem transgênico exige rastreabilidade completa dos ingredientes desde o plantio até a embalagem. Os principais aspectos do processo incluem: 

  • Origem das sementes: São utilizados grãos provenientes de lavouras certificadas como livres de transgênicos, normalmente com práticas agrícolas sustentáveis ou orgânicas. 

 

  • Controle da cadeia de suprimentos: Os grãos, proteínas e vegetais são transportados e armazenados separadamente para evitar contaminação cruzada. 

 

  • Linha de produção exclusiva ou higienizada: As fábricas precisam de máquinas livres de resíduos transgênicos ou devem aplicar protocolos rígidos de limpeza entre lotes. 

 

  • Processamento por extrusão lenta: Utiliza temperaturas moderadas para preservar aminoácidos, vitaminas e ácidos graxos essenciais. 

 

  • Testes laboratoriais: São feitos exames periódicos em laboratórios independentes para garantir que os ingredientes não contenham traços de OGMs. 

 

Ingredientes e insumos mais utilizados na formulação da Ração sem transgênico 

A seleção de ingredientes é um dos maiores diferenciais da Ração sem transgênico. Veja os principais insumos usados: 

Fontes de proteína de alta biodisponibilidade: 

  • Frango, cordeiro ou salmão desidratado 
  • Ovos integrais em pó 
  • Farinhas de carne de primeira extração (sem resíduos ou subprodutos) 
  • Carne fresca in natura (em algumas marcas super premium) 

 

Carboidratos seguros e funcionais: 

  • Arroz integral, batata-doce, grão-de-bico, cevada e quinoa 
  • Isentos de milho e soja, que geralmente são OGMs 

 

Gorduras nobres: 

  • Óleo de peixe (fonte de ômega 3 EPA e DHA) 
  • Óleo de frango (rico em ácido linoleico) 
  • Óleo de coco (ação anti-inflamatória e imunomoduladora) 

 

Vitaminas e minerais quelatados: 

  • Zinco, ferro, selênio e cálcio de origem natural 
  • Vitaminas A, D, E e complexo B com alta absorção 

 

Compostos funcionais: 

  • Extrato de yucca (reduz odor das fezes) 
  • Probióticos e prebióticos (FOS, MOS, inulina) 
  • Alecrim, cúrcuma, chá verde (ação antioxidante e anti-inflamatória) 

 

Considerações finais 

A Ração sem transgênico é ideal para tutores que buscam um padrão elevado de qualidade alimentar, com foco em prevenção de doenças, longevidade e bem-estar geral. Especialmente recomendada para animais alérgicos, com sensibilidade digestiva ou que já fazem uso de alimentação natural, ela representa um avanço real no conceito de nutrição animal consciente. 

Contudo, sua escolha deve ser feita com atenção aos rótulos e ao histórico da marca. Sempre verifique se a empresa possui rastreabilidade, selos de certificação e transparência na lista de ingredientes. 

 

Para uma vida Feliz e saudável, orientamos que o seu Pet faça um acompanhamento com um veterinário especializado. Segue abaixo algumas das mais comuns! 

  •  Nutrição Clínica de Pequenos Animais 
  •  Nutrição e Dietética Veterinária 
  •  Nutrição e Alimentação de Cães e Gatos 
  •  Nutrição e Metabolismo Animal 

Ração com Transgênico

A Ração com transgênico se tornou amplamente utilizada na alimentação de cães, gatos e outros animais domésticos nas últimas décadas. O avanço da biotecnologia permitiu a criação de ingredientes geneticamente modificados, com foco em maior produtividade e resistência a pragas e intempéries. Esses ingredientes são usados também na formulação de Ração animal, principalmente devido ao custo reduzido e facilidade de produção em larga escala. 

A presença de transgênicos na alimentação animal é um tema que desperta tanto interesse quanto preocupação. Por isso, entender todos os aspectos por trás da Ração com transgênico, desde sua origem até seus impactos na saúde dos animais e no meio ambiente, é essencial para uma escolha consciente. A seguir, você encontrará uma análise minuciosa de todos os fatores envolvidos nesse tipo de alimentação. 

O que são transgênicos? 

Transgênicos são organismos geneticamente modificados (OGMs), cujo DNA foi alterado em laboratório para incorporar genes de outras espécies. No caso das Rações, os principais ingredientes transgênicos são milho, soja e seus derivados. Esses grãos são modificados para resistirem a pragas, herbicidas ou para produzirem maior quantidade em menor tempo. 

Por que a Ração sem transgênico foi criada? 

A Ração sem transgênico surgiu como uma alternativa mais natural e segura, voltada principalmente para tutores preocupados com a saúde e o bem-estar de seus pets. A crescente demanda por produtos livres de OGMs veio acompanhada de um aumento da conscientização sobre alimentação saudável, tanto para humanos quanto para animais. Além disso, o aumento de alergias alimentares e problemas digestivos em animais gerou suspeitas sobre os efeitos a longo prazo dos transgênicos, impulsionando o mercado de Ração sem OGM. 

Como surgiu a Ração com transgênico 

A Ração com transgênico começou a ganhar espaço nos anos 1990, com a popularização das culturas geneticamente modificadas para consumo humano e animal. A necessidade de alimentar grandes populações, tanto humanas quanto animais, impulsionou o desenvolvimento de técnicas de modificação genética. O objetivo era criar ingredientes mais resistentes, duradouros e produtivos, com menor custo e maior eficiência de cultivo. 

Com o tempo, empresas do agronegócio passaram a fornecer grandes volumes de milho e soja transgênicos para fábricas de Ração, barateando o custo da produção e tornando essas fórmulas a base da alimentação de animais domésticos em todo o mundo. A falta de regulamentação rígida em muitos países também favoreceu o crescimento desse tipo de produto. 

 

Por que a Ração sem transgênico foi criada? 

A Ração sem transgênico surgiu como uma alternativa mais natural e segura, voltada principalmente para tutores preocupados com a saúde e o bem-estar de seus pets. A crescente demanda por produtos livres de OGMs veio acompanhada de um aumento da conscientização sobre alimentação saudável, tanto para humanos quanto para animais. Além disso, o aumento de alergias alimentares e problemas digestivos em animais gerou suspeitas sobre os efeitos a longo prazo dos transgênicos, impulsionando o mercado de Ração sem OGM. 

 

Benefícios mais comuns da Ração com transgênico 

Apesar das controvérsias, a Ração com transgênico apresenta benefícios reais, principalmente do ponto de vista da produção industrial: 

  • Custo reduzido: A facilidade de cultivo e a produtividade dos grãos modificados geneticamente fazem com que o preço da Ração com transgênico seja mais baixo, sendo mais acessível à maioria dos tutores. 

 

  • Alta disponibilidade no mercado: Por serem os ingredientes mais produzidos no mundo, milho e soja transgênicos garantem oferta constante para as fábricas de Ração, evitando escassez e mantendo preços estáveis. 

 

  • Composição padronizada: A engenharia genética permite uma composição previsível e controlada dos ingredientes, o que facilita o balanceamento nutricional nas fórmulas industriais. 

 

Malefícios e riscos potenciais da Ração com transgênico 

Por outro lado, diversos estudos e experiências de tutores relatam possíveis malefícios no consumo prolongado da Ração com transgênico: 

  • Reações alérgicas: Cães e gatos podem desenvolver hipersensibilidade ao milho e à soja transgênicos, manifestando coceiras, dermatites, otites recorrentes, queda de pelo e vômitos. 

 

  • Doenças crônicas: Há estudos em andamento que relacionam o consumo contínuo de transgênicos com alterações hepáticas, renais e hormonais, embora ainda haja controvérsias na comunidade científica. 

 

  • Redução da biodiversidade alimentar: A dependência de milho e soja transgênicos reduz a variedade de ingredientes nas Rações, empobrecendo a dieta do animal e dificultando a digestão em casos mais sensíveis. 
  • Uso excessivo de agrotóxicos: Muitas culturas transgênicas são resistentes a herbicidas como o glifosato, o que faz com que sua aplicação seja intensificada, aumentando os resíduos nos alimentos. 

 

Como é feita a produção da Ração com transgênico? 

A fabricação da Ração com transgênico segue processos industriais padronizados. Os principais ingredientes utilizados são: 

  • Seleção e compra dos insumos: Os principais ingredientes transgênicos são: Milho Bt ou RR (resistente a pragas e herbicidas), Soja RR (soja Roundup Ready), Derivados como farelo, glúten e óleo 

 

  • Moagem dos grãos: Os grãos são triturados até se tornarem farinha. 

 

  • Mistura com aditivos: Incluem vitaminas, minerais, palatabilizantes, antioxidantes e estabilizantes. 

 

  • Extrusão térmica: O alimento é cozido em alta pressão, formando os grãos (kibbles) da Ração. 

 

  • Revestimento: Aplica-se uma camada de gordura (animal ou vegetal) e saborizantes. 

 

  • Embalagem e distribuição: O produto é selado hermeticamente para garantir validade de até 12-18 meses. 

 

Esses ingredientes passam por moagem, cozimento, extrusão e secagem. Depois, são misturados com vitaminas, minerais e aditivos sintéticos para garantir palatabilidade e conservação. O resultado é uma Ração com alta durabilidade e sabor, mas com origem em ingredientes modificados geneticamente. 

 

Ingredientes mais comuns na Ração com transgênico 

Os ingredientes mais utilizados em Rações com transgênico são: 

  • Milho transgênico: Principal fonte de carboidratos e energia. 
  • Farelo de soja transgênico: Fonte de proteína vegetal e fibras. 
  • Glúten de milho: Usado como aglutinante e suplemento proteico. 
  • Óleo de soja transgênico: Fonte de gordura e calorias. 
  • Polpa de beterraba e subprodutos de carne: Fontes secundárias de fibras e proteínas, usados para completar a formulação. 

 

Além disso, essas Rações geralmente contêm antioxidantes sintéticos (BHA, BHT, etoxiquina) e corantes artificiais, que podem gerar acúmulo tóxico a longo prazo. 

 

Considerações finais 

A Ração com transgênico está presente na maioria das marcas populares devido ao seu baixo custo e eficiência de produção. No entanto, cresce o número de tutores que optam por alternativas sem OGMs, buscando mais segurança e naturalidade. Embora não existam proibições quanto ao uso de transgênicos em Rações, é essencial que o tutor esteja atento à composição e origem dos alimentos oferecidos aos seus animais. A escolha entre uma Ração com ou sem transgênico deve considerar fatores como saúde individual do pet, predisposição a alergias, filosofia alimentar do tutor e recomendações veterinárias. 

 

Conclusão

Escolher a melhor Ração para o seu pet exige atenção, pesquisa e responsabilidade. Cada animal possui necessidades nutricionais específicas, que variam conforme a idade, raça, porte, nível de atividade e condição de saúde. Ao pesquisar, leia os rótulos com atenção, compare os ingredientes e opte por marcas que ofereçam transparência na composição, evitando excesso de aditivos químicos ou ingredientes de baixa qualidade. Tanto opções com quanto sem transgênicos podem ser boas, desde que cumpram os requisitos nutricionais essenciais. 

Busque avaliações de tutores, rankings atualizados e, se possível, opte por Ração com certificações de qualidade. Lembre-se de que o mais caro nem sempre é o melhor, o ideal é aliar qualidade, custo-benefício e adaptação ao pet. 

A dica mais importante: sempre consulte um médico-veterinário ou zootecnista antes de definir a Ração ideal. Apenas um profissional poderá indicar a melhor escolha com base em exames, histórico de saúde e perfil do seu animal. Com informação e orientação correta, seu pet terá mais saúde, energia e longevidade. 

Mais Que Crescer estará sempre em busca de informações para que nossos amigos de quatro patas tenham o melhor desenvolvimento, saúde e, acima de tudo, felicidade.” 

 

A Mais Que Crescer orienta sempre o acompanhamento do seu pet com um veterinário para qualquer tipo de especialidade. Assim, garantirá uma vida longa, feliz e saudável para o seu amiguinho de 4 (quatro) patas.” 😊